sábado, 12 de novembro de 2011

Haja o que houver...



não posso esquecer-me de colher as minhas rosas manhã cedo

 
não posso esquecer-me de fazer um desenho, ou um poema, ou uma canção com elas

 
não posso esquecer-me de as colocar no centro do peito

 
não posso esquecer-me de as oferecer a quem as queira fazer também suas

 
não posso esquecer-me que o tempo tem de ter algum tempo dentro do tempo que parece que não tem

não posso esquecer-me, não quero esquecer-me de nada do que é importante:
o equilíbrio
o peso certo para cada flor que faz parte dos dias
para que sejam sempre
bons dias...

(haja o que houver)


Teresa Martinho Marques

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