segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A minha laranjeira...

… cresceu comigo. Tinha eu quatro ou cinco anos quando a conheci, na altura em que os meus pais se mudaram para a Rua Santo Antoninho (Chamusca, Ribatejo). Era pouco mais alta do que eu a minha laranjeira. Entretanto cresceu e eu com ela. Com o tempo, as nossas idades foram-se aproximando. Agora somos praticamente contemporâneos. Acompanhou a minha infância, viu-me jovem adolescente e homem feito. Conheceu a Piedade e os nossos filhos. Deu-nos os aromas mais inebriantes e os zumbidos mais cativantes. E continua a prendar-nos com as mais belas, suculentas e doces laranjas-da-baía que alguma vez apreciámos. Tudo sem tratamento, apenas o solo do quintal e a água subterrânea. É uma árvore generosa a minha laranjeira.



Um dia partirei e perderemos o contacto.
Mas ela ficará para conhecer os meus tetranetos…

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