quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ciência à deriva



Artigo de Carlos Fiolhais (Público, 19.Fev.2014)

Já ninguém se lembra do programa do governo, mas ele está à distância de um clique. Na área da ciência começava por tecer rasgados elogios aos governos precedentes: “Graças às políticas de investimento de sucessivos governos anteriores, a ciência em Portugal representa uma das raras áreas de progresso sustentado no nosso país, tendo vindo a dar provas inequívocas de competitividade internacional.” [...]
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Até o governo se esqueceu do seu próprio programa num dos raros sectores em que havia um amplo consenso. Não foi apenas o ministro da Economia mas também o primeiro ministro que recentemente criticou a política de ciência dos governos anteriores, incluindo os do seu próprio partido.
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Voltando ao programa do governo, nele se pretendia “instituir mecanismos que dêem voz a toda a comunidade científica nacional.” Contrariando a promessa, hoje essa comunidade não é tida nem achada. Houve até uma tentativa de amordaçamento do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, órgão consultivo que reúne alguns dos nossos melhores cientistas, quando este apontou o desnorte da ciência portuguesa (ver aqui). [...]

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